O brasileiro Gilbert Durinho teve adiado o seu sonho de disputar o cinturão dos meio-médios do UFC. O lutador testou positivo para o novo coronavírus e não vai mais enfrentar o nigeriano Kamaru Usman na luta principal do UFC 251, na "Ilha da Luta", em Abu Dhabi, no próximo sábado, dia 11.
"Notícias devastadoras. Não estou me sentindo bem, mas vou vencer esta batalha! Fiquem seguros lá fora! Muito amor", escreveu Durinho em suas redes sociais. No evento, o lutador tentaria ser o primeiro brasileiro campeão do UFC na categoria.
Além de Durinho, também foram diagnosticados com covid-19 os seus dois treinadores Vagner Rocha e Greg Jones. Os três foram testados ao chegarem ao hotel em Las Vegas onde ficam os lutadores e os profissionais envolvidos no evento, cumprindo o procedimento estabelecido pelo Ultimate. A cidade americana é utilizada pela UFC como um dos pontos de embarque de voos fretados para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Horas depois, o resultado deu positivo e eles tiveram seus nomes removidos da lista de embarque do voo com destino para o megaevento na Ilha da Luta.
Ainda não está definido se o UFC escolherá um substituto para Gilbert Durinho, ou se a luta contra Kamaru Usman será adiada para um evento futuro. A organização ainda deve se pronunciar oficialmente em breve sobre o assunto. Em suas redes sociais, os americanos Jorge Masvidal e Colby Covington se ofereceram para substituir o brasileiro e encarar o campeão dos meio-médios.
Durinho é o quarto lutador brasileiro infectado pelo coronavírus e retirado do evento na Ilha da Luta. Anderson Berija, Vinícius Mamute e Marina Rodriguez já haviam tido suas lutas canceladas por terem sido diagnosticados com a doença.
Haverá ainda outras duas disputas valendo cinturões no UFC 251: a revanche entre o australiano Alexander Volkanovski e o americano Max Holloway, pelo título do peso-pena, e o combate entre o russo Petr Yan e o brasileiro José Aldo, valendo o título dos galos.
Os confrontos serão disputados na Ilha de Yas, local que já recebe o GP de Abu Dhabi de Fórmula 1. A organização vai construir a sua própria infraestrutura, que incluirá hotel, instalações para treinamentos, restaurantes e até um octógono na areia. Devido à pandemia do novo coronavírus, o UFC também vai criar uma zona de segurança de cerca de 25 km².