A senadora petista Gleisi Hoffmann (PR) fez mais uma defesa da presidente afastada Dilma Rousseff durante sua fala de 10 minutos no julgamento do processo de impeachment no Senado. Para Gleisi, o governo do qual fez parte tirou da miséria dezenas de milhões de pessoas, erradicou a fome e, “para horror da burguesia, encheu os aeroportos”.
A senadora reiterou a tese do golpe e a soberania brasileira. “Rejeitamos a submissão. Somos contra esse golpe e viva a democracia e a soberania popular”, disse.
Numa breve crítica ao governo do presidente em exercício, Michel Temer, Gleisi afirmou que “(eles) podem até passar momentaneamente, mas estão com seus dias contados”.
Já o senador Dário Berger (PMDB-SC) disse que, ao ingressar no Senado, tinha o desejo de discutir obras estruturais e reconheceu que este julgamento não é confortável para ninguém. “Mas não há progresso se não houver mudança”, afirmou.
Segundo Berger, o governo da presidente afastada “perdeu a confiança dos agentes econômicos, da sociedade e o apoio parlamentar. Governo que não possui as mínimas condições de governabilidade”. “Retrato do Brasil é de incerteza e insegurança”, destacou.
O senador disse ainda estar preocupado com a violência praticada pelo desemprego e pelas elevadas taxas de juros praticadas. “Não vamos sair da crise sem uma solução pactuada. O Brasil precisa de um novo governo que enxerga as dificuldades do presente e possa projetar o futuro”, disse.
Ainda segundo o senador, o futuro vai depender de um pacto de salvação nacional. “Precisamos avançar. Precisamos construir o que precisa ser construído.”