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Goleiro pega pênalti no último minuto da prorrogação e Hamburgo segue sem cair

O relógio mais famoso do futebol continua contando, mas só não descompassou porque não tem coração humano. Afinal foi apoteótico o jogo manteve o Hamburgo na elite do Campeonato Alemão, nesta segunda-feira. Teve gol nos acréscimos do tempo normal e um pênalti (mal marcado) defendido aos 17 minutos do segundo tempo da prorrogação. A vitória sobre Karlsruher, por 2 a 1, fora de casa, mantém o Hamburgo como único clube que jogou todas as edições Bundesliga.

Digital, o relógio fica no estádio do Hamburgo e conta os dias desde o apito inicial da primeira partida do clube na Bundesliga, em 24 de agosto de 1963. Outros clubes, como Bayern de Munique, Hoffenheim e Bayer Leverkusen também nunca foram rebaixados, mas eles não estavam entre os convidados para a primeira edição da Bundesliga – o Bayern, por exemplo, chegou só dois anos depois.

O jogo desta segunda-feira foi válido pelo chamado playoff do rebaixamento, envolvendo o terceiro colocado da segunda divisão (o Karlsruher) e o antepenúltimo da elite (o Hamburgo) na atual temporada. No ano passado, o Hamburgo já havia vivido a mesma angústia, mas escapou porque empatou em 0 a 0 com o Greuther Furth em casa e por 1 a 1 fora, mantendo-se na elite pelo gol marcado como visitante.

Na atual temporada, o Hamburgo flertou com o rebaixamento durante todo o campeonato, mas escapou da queda direta porque venceu três dos seus últimos cinco jogos, inclusive o contra o Schalke 04, pela última rodada.

Nesta segunda, precisando pelo menos empatar com gols depois de ficar no 1 a 1 fora de casa, o Hamburgo foi muito superior ao Karlsruher, fechando o jogo com quase o dobro da posse de bola e pelo menos duas vezes mais chutes a gol. Os donos da casa, entretanto, abriram o placar, com um gol de Yabo aos 33 minutos do segundo tempo.

O Hamburgo apertou a pressão, mandou uma bola na trave, perdeu um gol feito, mas conseguiu chegar ao empate nos acréscimos. Aos 45 minutos do segundo tempo, o árbitro marcou uma falta duvidosa na meia-lua. O chileno Marcelo Díaz cobrou com perfeição, por cima da barreira, e o goleiro nem se mexeu.

Na prorrogação, o Karlsruher até atacou mais, mas levou a virada a quatro minutos do fim, com Müller. Na comemoração, o atacante furou a enorme barreira policial, a barreira de seguranças e foi abraçar os primeiros torcedores que pularam o alambrado, sem ser incomodado.

A área entre o alambrado e o cordão policial já estava toda ocupada por torcedores em êxtase quando o árbitro marcou um pênalti muito contestável. Bola na mão, como na falta que originou o gol de Marcelo Díaz. Hennings foi para a cobrança e parou nas mãos de Adler, no cantinho esquerdo.

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