O que mais se vê por aí é sindicalista criticando os governos em relação a criação de novos impostos ou mesmo a cobrança dos que já existem. No entanto, cresce em todo o país uma modalidade nem um pouco republicana patrocinada justamente pelo sindicalismo, após o fim da obrigatoriedade da cobrança do imposto sindical. Muitas dessas entidades, que adoram o dinheiro fácil, estão realizando assembleias esvaziadas de suas categorias a fim de aprovar a cobrança obrigatória da contribuição por parte de todos os trabalhadores. Já há mais de um caso desses em Guarulhos. Não será de se estranhar que a prática se espalhe, principalmente em alguns sindicatos que sempre realizam encontros sem a presença da base.
Trajetória no lixo
Depois de passar cerca de três décadas no PT, partido onde construiu sua carreira, aprendeu métodos, repetiu as mesmas práticas que levaram o país e a cidade à destruição, o ex-prefeito Sebastião Almeida (agora no PDT) é execrado publicamente pelo maior expoente da agremiação, o condenado a 9 anos e meio de prisão ex-presidente Lula. Soa como a mesma coisa que jogar no lixo toda sua trajetória.
Traidor?
Assim Almeida se distancia de uma vez por todas daqueles companheiros que o ajudaram a chegar ao comando da segunda mais importante cidade do estado. E deverá carregar para sempre a pecha de traidor, de alguém que abandonou o barco quando ele começava a afundar. Como enfatizou Lula, Almeida correu. "E o povo não gosta de quem fica mudando de partido.
Delatado
Um detalhe interessante: nas delações de executivos da Odebrecht, Almeida – que chegou a ser chamado pelo condinome “sumido” em uma das planilhas da empreiteira – foi exatamente citado por seguir a cartilha petista, quando teria utilizado a mesma prática que levou diversos companheiros para trás das grades. Almeida teria combinado receber propinas dentro de seu gabinete no Bom Clima.
Do mesmo saco
Não à toa, Almeida, em seu novo partido, que não difere muito do PT, tenta ocupar um espaço para buscar uma vaga na Câmara Federal. Como deputado poderá ter a tão desejada imunidade parlamentar, o que lhe garantiria foro privilegiado. Em outras palavras, conta com o voto dos guarulhenses – provavelmente os desmemoriados – para evitar uma possível prisão, caso venha a ser condenado.
Falou grosso
Depois de várias sessões em que os vereadores da base do governo preferiram falar pouco e deixaram os parlamentares petistas deitar e rolar, com discursos inflamados e recheados de inverdades, nesta terça-feira, finalmente, Geraldo Celestino (PSDB) resolveu colocar os pingos nos is. Com uma fala enérgica, lembrou mais uma vez da destruição deixada pelos governos do PT na cidade, citando a forma como o ex-prefeito comandava seus aliados na Câmara Municipal, sem qualquer espaço para debates, em um verdadeiro rolo compressor. Apesar da tese não ser nova, o silêncio dos governistas abriu espaço para que a oposição passasse a impressão de ser maior do que realmente é.