O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), disse nesta sexta-feira, 6, que o preço da tarifa de trens no Rio, operados pela concessionária privada SuperVia, não vai saltar de R$ 5 para R$ 7,40, como homologado no mês passado pelo conselho diretor da agência estadual que regula esse tipo de serviço (Agetransp). De acordo com o governador, será instituída uma "tarifa social ferroviária" para manter o mesmo valor aos passageiros que utilizam o Bilhete Único nos serviços públicos de transporte. Na prática, Castro promete subsidiar a diferença.
O contrato de concessão entre o governo do Estado e a SuperVia, que administra os trens no Grande Rio, prevê reajuste anual pelo IGP-M, que foi de 5,9% no último ano. O valor definido para 2022 era de R$ 7 por bilhete, mas um acordo foi firmado e a tarifa foi congelada em R$ 5. Agora, esse acordo terá que ser refeito.
"Em razão das negociações entre o Poder Concedente e a operadora do serviço para a definição de um novo valor para a tarifa dos trens, a Agetransp recomendou ao governo do Estado e à SuperVia que formalizem com urgência um novo termo aditivo para a definição da nova tarifa, como forma de causar menor impacto aos usuários, considerando a discrepância existente entre o valor praticado atualmente (R$ 5,00) e o valor proposto para o reajuste (R$ 7,40)", declarou em nota a agência reguladora.
<b>Governador promete subsídio</b>
Em sua conta no Twitter, Cláudio Castro afirmou que o preço seguirá o mesmo para os usuários.
"A passagem dos trens vai continuar em R$ 5 o ano inteiro! Vou implementar a Tarifa Social ferroviária nesse mês e os usuários do Bilhete Único, aqueles que mais precisam, serão beneficiados com o desconto", escreveu. "O povo do RJ não tem condições de arcar com o aumento, mesmo que previsto anualmente. O governo do Rio honra os contratos, mas também zela pela população. Sigo cobrando da concessionária mais qualidade no serviço enquanto trabalho para viabilizar o direito de acesso ao transporte público", acrescentou o governador.
Em nota, a SuperVia declarou que a manutenção do preço em R$ 5 só é possível devido ao subsídio prometido pelo governo.
"Com tal decisão, além de garantir a modicidade tarifária para a população, o governo do Estado proporciona condições para que a concessionária faça jus à tarifa prevista no contrato de concessão e homologada pela Agência Reguladora, e tenha recursos para manter a operação do sistema de transporte concessionado", afirmou.