O resultado primário do governo central de junho, deficitário em R$ 8,801 bilhões, foi o pior resultado para o mês se considerado a preços correntes. Já a preços corrigidos pela inflação, o déficit só não foi pior do que o acumulado em junho do ano passado. O resultado daquele mês ficou em R$ 8,248 bilhões, porém o valor corrigido pela inflação chega a R$ 8,978 bilhões.
Para o resultado do ano, o déficit do primeiro semestre é o pior tanto em valores corrigidos quanto a preços correntes. Nos seis primeiros meses de 2016, o déficit do governo central foi de R$ 32,521 bilhões.
Dividendos
O caixa do governo federal recebeu um reforço extra de R$ 211,2 milhões em dividendos pagos pelas empresas estatais em junho, o que representa uma queda real de 10,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, as receitas com dividendos somaram R$ 1,005 bilhão, queda real de 72,2% em relação a igual período de 2015.
Já as receitas com concessões totalizaram R$ 5,265 bilhões em junho e R$ 18,593 bilhões nos seis primeiros meses do ano. No acumulado semestral houve alta real de 331,4% ante o mesmo período de 2015.
Investimentos
Os investimentos do governo federal registraram queda no primeiro semestre. De acordo com dados do Tesouro, os investimentos pagos somaram R$ 26,755 bilhões no período. Desse total, R$ 20,497 são restos a pagar, ou seja, despesas de anos anteriores que foram transferidas para 2016.
No mesmo período de 2015, os investimentos totais do governo somaram R$ 27,796 bilhões, do quais R$ 23,420 bilhões eram restos a pagar.
Os investimentos com o Programa de Aceleração Econômica (PAC) somaram R$ 2,656 bilhões em junho e R$ 19,401 bilhões nos seis primeiros meses do ano. Apesar de as despesas com o PAC terem crescido 24,4% em junho, acumulam uma queda real de 12,7% no semestre.