Economia

Governo central tem déficit primário de R$ 24,828 bilhões em março

O caixa do governo central registrou um déficit primário de R$ 24,827 bilhões em março, o pior desempenho para o mês na série histórica, que tem início em 1997. O resultado reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.

O déficit de março foi ainda pior que a estimativa mais pessimista do mercado financeiro. Levantamento do Projeções Broadcast junto a 15 instituições indicava previsões que iam de um déficit de R$ 22,9 bilhões a R$ 10,5 bilhões. Por esse intervalo, a mediana das projeções era de um primário negativo em R$ 18 bilhões.

Entre janeiro e março deste ano, o resultado primário foi de déficit de R$ 12,980 bilhões, o melhor resultado desde 2015. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$ 19,563 bilhões.

Em 12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 119,5 bilhões, o equivalente a 1,78% do PIB. Para este ano, a meta fiscal admite um déficit de até R$ 159 bilhões nas contas do Governo Central.

As contas do Tesouro Nacional – incluindo o Banco Central – registraram um déficit primário de R$ 4,701 bilhões em março. No ano, porém, o superávit primário acumulado nas contas do Tesouro Nacional (com BC) é de R$ 36,072 bilhões. As contas apenas do Banco Central tiveram superávit de R$ 43 milhões em março e déficit de R$ 135 milhões no acumulado do ano até o mês passado.

No mês passado, o resultado do INSS foi um déficit de R$ 20,127 bilhões. Já no acumulado do ano, o resultado foi negativo de R$ 49,052 bilhões.

Receitas

O resultado de março representa alta real de 1,4% nas receitas em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas tiveram alta real de 12,6%. No ano até março, as receitas do governo central subiram 7,6% ante igual período de 2017, enquanto as despesas aumentaram 4,6% na mesma base de comparação.

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