Com a atividade econômica e o pagamento de tributos em queda, o governo central registrou em junho um resultado deficitário de R$ 8,801 bilhões, o pior desempenho para meses de junho da série histórica considerando preço corrente e não o número corrigido pela inflação, que teve início em 1997. O resultado reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.
Com isso, o resultado primário no primeiro semestre foi deficitário em R$ 32,521 bilhões, também o pior resultado desde o início da série. Nos seis primeiros meses do ano passado o primário acumulava déficit de R$ 1,706 bilhão.
Em 12 meses até junho, o governo central apresenta déficit de R$ 151,77 bilhões, o equivalente a 2,41% do Produto Interno Bruto (PIB).
O governo do presidente em exercício, Michel Temer, conseguiu aprovar no Congresso Nacional a nova meta fiscal para 2016, que admite um déficit de até R$ 170,5 bilhões nas contas do Governo Central este ano. Sendo assim, o rombo fiscal deve seguir expandindo até o fim do ano.
Receitas
O resultado de junho representa uma queda real de 5,9% nas receitas em relação a março do ano passado. As despesas tiveram queda real de 5%. No acumulado do ano até junho, as receitas do governo central recuaram 6,1% e as despesas aumentaram 0,3%.
O resultado de junho ficou dentro das expectativas do mercado financeiro, segundo o Projeções Broadcast. O levantamento feito com 24 instituições do mercado apontava uma mediana deficitária em R$ 13,550 bilhões. As expectativas da pesquisa apontavam para um resultado negativo entre R$ 20,700 bilhões a R$ 7,900 bilhões.