As contas do Governo Central registraram superávit primário em março, informou nesta quinta-feira, 29, o Tesouro Nacional. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou positiva em R$ 2,101 bilhões.
O resultado – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – foi o melhor desempenho para o mês desde 2014, quando havia sido positivo em R$ 4,257 bilhões.
Em fevereiro, o rombo nas contas públicas foi de R$ 21,217 bilhões. Em março de 2020, o resultado havia sido negativo em R$ R$ 21,131 bilhões.
Os dados de março ainda não refletem o fechamento de atividades não essenciais em boa parte do País naquele mês, o que deve ser sentido na arrecadação de abril.
O superávit do mês passado ficou perto do teto das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, que era saldo positivo de R$ 2,800 bilhões. O piso apontava para déficit de R$ 26,210 bilhões, com mediana negativa de R$ 5 bilhões.
Em março, as receitas tiveram queda real de 20,4% em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas caíram -3,1% na mesma comparação, já descontada a inflação.
<b>Trimestre</b>
No primeiro trimestre, o resultado primário foi de superávit de R$ 24,443 bilhões, o melhor resultado para o período desde 2013. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era positivo/negativo em R$ 2,856 bilhões.
<b>Doze meses</b>
Em 12 meses até março, o Governo Central apresenta um déficit de R$ 759,5 bilhões – equivalente a 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
A meta fiscal proposta pela equipe econômica para este ano admite um déficit de até R$ 247,118 bilhões nas contas do Governo Central.