Estadão

Governo criará fundo de até R$ 6 bi para socorrer aéreas e quer reduzir preço do querosene

O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse na quarta-feira, 24, que o governo criará um fundo para financiar a aviação civil. Ele também afirmou que o Executivo trabalha para baixar o preço do querosene usado em aviões, e que há "sensibilidade" da Petrobras sobre o assunto.

Costa Filho disse que o fundo deverá ter de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões. A formatação e o valor exato, segundo ele, são discutidos com o Ministério da Fazenda e do BNDES.

O projeto será apresentado em dez dias, de acordo com Silvio Costa Filho.

Ele afirmou que será marcada uma reunião para discutir o preço do querosene. Silvio Costa Filho falou a jornalistas no Palácio do Planalto, depois de discutir o assunto com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A presidente da Abear, entidade que representa as aéreas, Jurema Monteiro, estava com Costa Filho.

O ministro disse que será elaborado um plano para fortalecer a aviação. Isso incluiria discussões sobre a judicialização do setor e entrada de novas empresas no mercado brasileiro.

De acordo com ele, a elaboração do plano foi determinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar do crescimento de 15,3% na movimentação de passageiros em 2023, o ministro tem afirmado que ainda há desafios para fortalecer as companhias – que se queixam de crise arrastada desde a pandemia de covid-19 – e resultar em maior democratização do acesso aos voos.

<b>Voa Brasil</b>

Costa Filho disse que o Voa Brasil, programa de passagens aéreas baratas do governo federal, será anunciado pelo presidente Lula no dia 5 de fevereiro, e passará a valer no mesmo dia.

O programa, que terá passagens de até R$ 200, deve contemplar, de início, aposentados do INSS e estudantes do Prouni que não viajaram de avião nos últimos 12 meses.

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