A guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) aceitou liberar o ex-congressista Odín Sánchez em 2 de fevereiro, quando também será concedido o indulto para dois integrantes do grupo, como um passo prévio para o diálogo público pela paz, informaram as partes no Equador. Em comunicado conjunto, a guerrilha e o governo da Colômbia confirmaram que no dia 7 de fevereiro começarão a fase pública das negociações de paz.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, havia dado a informação horas antes. O comunicado conjunto foi assinado pelo chefe da delegação do governo colombiano, Juan Camilo Restrepo, e pelo chefe da delegação do ELN, Pablo Beltrán. “Esperamos que este acordo seja útil para a paz da Colômbia, para fazer do continente uma zona de paz e para que os povos irmãos como o Equador deixem de receber as consequências da guerra colombiana”, afirmou Beltrán. Restrepo, por sua vez, disse que o governo buscará o que presidente Santos denominou como “a paz completa”.
As delegações mantiveram reuniões secretas no norte do Equador desde a semana passada até esta terça-feira, quando chegaram ao acordo anunciado. “Hoje, com alegria acolhemos o acordo humanitário para dar início à fase pública de negociações”, afirmou o ministro das Relações Exteriores equatoriano, Guillaume Long. “Voltamos a afirmar que a paz da Colômbia é a paz do Equador, é a paz de nossa região, é a paz de nossa América.”
Equador, Noruega, Cuba e Venezuela acompanham as negociações entre o governo e o ELN, que conta, segundo dados oficiais, com cerca de 1.500 combatentes.
No ano passado, o governo colombiano fechou um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Fonte: Associated Press.