O governo da primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, deve declarar uma emergência climática em uma medida simbólica para aumentar a pressão pelo combate ao aquecimento global. Enquanto o parlamento se reunia novamente após uma eleição geral vencida pelo partido de Ardern, o governo disse que apresentará uma moção para declarar a emergência na próxima quarta-feira.
"Sempre consideramos as mudanças climáticas uma grande ameaça para nossa região e é algo que devemos tomar medidas imediatas", disse Ardern, de acordo com a emissora estatal <i>TVNZ</i>. "Infelizmente, não fomos capazes de apresentar uma moção em torno de uma emergência climática no parlamento no último mandato, mas agora podemos."
Ardern voltou ao poder no mês passado com a maior vitória eleitoral de seu Partido Trabalhista de centro-esquerda em meio século, quando os eleitores a recompensaram por uma resposta decisiva ao novo coronavírus.
A vitória retumbante permite que o partido de Ardern governe sozinho, embora ela tenha juntado forças com o Partido Verde para o próximo mandato de três anos.
Os membros do parlamento recém-eleitos prestaram juramento na terça-feira e retomaram o trabalho na quarta-feira no parlamento mais diverso da história da Nova Zelândia. Há diversidade de cor, gênero e orientação sexual
Em seu último mandato, o governo de Ardern aprovou uma Lei de Carbono Zero, que estabelece a estrutura para zera as emissões líquidas até 2050, com apoio de todos os partidos no parlamento.
Se uma emergência climática for aprovada, a Nova Zelândia se juntará a países como Canadá, França e Grã-Bretanha que tomaram o mesmo curso para concentrar esforços no combate às mudanças climáticas.
Na semana passada, legisladores japoneses declararam uma emergência climática e se comprometeram com um cronograma firme para zerar as emissões líquidas.