O governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou nesta quarta-feira, 24, um novo orçamento para 2023 e 2024, em votação com um placar de 64 a 56 no Parlamento. O texto recebeu críticas por alocar quase US$ 4 bilhões em fundos discricionários, grande parte para partidos ultraortodoxos e pró-colonos.
A medida pode trazer alguma estabilidade à coalizão do líder israelense com aliados ultraortodoxos e ultranacionalistas, a linha mais dura de todos os tempos no país, e abrir caminho para que prossiga com sua agenda em favor dos assentamentos. Mas críticos acusam Netanyahu de aumentar os gastos com programas religiosos que trazem poucos benefícios para a economia e para a sociedade em geral.
Isso inclui aumentos nos controversos estipêndios para homens ultraortodoxos estudarem em tempo integral em seminários religiosos em vez de trabalhar ou servir nas forças armadas, o que é obrigatório para a maioria dos homens seculares.
Também inclui mais dinheiro para escolas ultraortodoxas, que são amplamente criticadas por não ensinar aos alunos habilidades como matemática e inglês; e para partidos linha-dura pró-colonos, para promoção de projetos que favorecem o tema por meio dos ministérios que eles controlam. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, um líder de colonos, disse que espera dobrar a população em assentamentos da Cisjordânia nos próximos anos. Fonte: Associated Press.