Estadão

Governo do Maranhão recua e veta presença de torcida no estádio na final estadual

O Governo do Maranhão recuou e decidiu restringir a presença da torcida no estádio Castelão, em São Luis, para a final do Campeonato Maranhense, marcada para este domingo. Com isso, a partida entre Sampaio Corrêa e Moto Club não terá público, contrariando a determinação inicial de presença de seis mil torcedores já vacinados contra a covid-19 ou com teste negativo para o novo coronavírus com menos de 48 horas.

A decisão foi tomada em reunião com representantes das Secretarias de Esportes e Lazer (Sedel), Saúde (SES), Segurança Pública (SSP), Governo (Segov), Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), Vigilância Sanitária Estadual e representantes dos clubes Sampaio Corrêa, Moto Club e da Federação Maranhense de Futebol (FMF).

De acordo com a versão oficial, a restrição de público foi adotada em função da transmissão da final pela TV Mirante (afiliada da Rede Globo), em canal aberto, às 10 horas deste domingo.

"As autoridades sanitárias estaduais já haviam elaborado todo o protocolo para a realização do evento teste que aconteceria no domingo. Já havíamos tido reuniões com a PM, Corpo de Bombeiros e outros órgãos que participariam do evento. Surgiu essa possibilidade ímpar, que foi a da transmissão ao vivo da partida pela TV Mirante, afiliada da Rede Globo, para todo o Maranhão. Diante dessa oportunidade seria mais interessante optarmos pela transmissão, já que alcançará um universo muito maior de torcedores", afirmou o secretário de Esporte e Lazer, Rogério Cafeteira.

Por outro lado, a abertura do estádio para o público recebeu inúmeras críticas em função do momento da pandemia no Maranhão. Embora alguns índices apresentem tendência de queda nos últimos dias – a ocupação de leitos de UTI na rede estadual é de 67% -, outros indicadores ainda preocupam as autoridades sanitárias. Apenas 15% da população foi vacinada, por exemplo. De acordo com os epidemiologistas, a presença de público poderia gerar aglomerações, o que poderia acelerar novamente o aumento de casos de covid-19.

Este seria o primeiro grande evento esportivo com público pagante desde o início da pandemia no País. A exceção foi a final da Copa Libertadores, realizada no Rio de Janeiro, no mês de janeiro, que contou com 10% da capacidade do público no estádio do Maracanã. A decisão entre Palmeiras e Santos, no entanto, não teve torcedores pagantes, apenas convidados e profissionais envolvidos na realização da partida.

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