O coordenador da resposta da Casa Branca à pandemia, Jeff Zients, informou nesta quarta-feira, 3, que o governo americano investirá US$ 100 milhões na produção da vacina contra covid-19 da farmacêutica Johnson & Johnson. Os recursos serão disponibilizados por meio da Lei de Defesa da Produção. Nesta terça-feira, 2, a Casa Branca anunciou a formação de uma parceria entre a J&J e a Merck para acelerar a distribuição do imunizante, que recebeu autorização para uso emergencial no país no sábado, 27.
A Lei de Defesa da Produção permite ao governo direcionar a produção de empresas privadas. Durante uma coletiva de imprensa hoje, Slavitt afirmou que a parceria entre as duas farmacêuticas é "histórica". Ele frisou que a Merck e a J&J são concorrentes, mas, a pedido do presidente Joe Biden, "deixarão isso de lado pelo bem do país".
De acordo com o assessor, o apoio do governo permitirá dobrar a capacidade de produção da vacina da J&J, que imuniza contra o coronavírus com apenas uma dose. Ele ressaltou que a parceria entre as companhias permitirá também a expansão da habilidade de transportar a vacina.
A diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), Rochelle Walensky, que também participou da coletiva, voltou a alertar para a recente reversão na tendência de queda do número de novos casos de covid-19. Segundo a cientista, a média de novas infecções subiu 2,2% na semana passada. "Temos sido muito claros de que agora não é a hora de relaxar restrições", frisou a diretora do CDC.
Slavitt também reforçou a meta anunciada nesta terça-feira, 2, por Biden de ter vacinas disponíveis para todos adultos do país até o final de maio. O objetivo anterior era atingir essa marca em julho. Ao ser questionado sobre a viabilidade da promessa, o assessor respondeu que o governo "não tem o hábito de prometer demais".