O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira, 12, que o governo já se posicionou contra um reajuste nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) neste momento, mas deixou claro que a prerrogativa para definir isso é do Congresso. “Do ponto de vista fiscal, nós achamos que não é o melhor momento”, comentou ao chegar para um evento em São Paulo.
Questionado sobre a proposta do PSDB de desvincular o reajuste do STF do restante do Poder Judiciário, ele mencionou que “pode ser uma solução”, mas voltou a dizer que a prerrogativa é do Congresso. “O importante é que se respeite o teto de gastos. Como alocar os recursos (dentro desse limite) é prerrogativa do Legislativo. A Fazenda não pretende substituir todos os poderes da República”, afirmou.
Meirelles voltou a afirmar que já há uma recuperação na economia, em especial na indústria, e que o importante é que os índices de confiança continuem melhorando. “Nós estamos invertendo um ciclo vicioso, negativo, em um ciclo virtuoso, positivo, reforçando o crescimento da economia”. Segundo ele, o maior problema do Brasil atualmente é a recessão e o desemprego, que se retroalimentam. “Temos que tomar medidas para que o País volte a crescer”.
O ministro confirmou que nesta terça-feira, 13, o governo deve anunciar os próximos passos do programa de concessões, mas não adiantou nenhum detalhe.