O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu tentar controlar a cobertura jornalística da reunião convocada com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada. A equipe de comunicação do Executivo liberou a entrada apenas de veículos que se comprometessem a transmitir o encontro ao vivo e na íntegra.
A reunião de Bolsonaro com embaixadores está marcada para as 16 horas. Na ocasião, o presidente deve apresentar um PowerPoint com suas desconfianças – nunca comprovadas – em torno do sistema eleitoral brasileiro. Também fará críticas aos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O encontro foi mantido apesar de Bolsonaro ter afirmado nesta manhã que passou a noite em claro com febre e gripe. O <b>Broadcast Político</b>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, entrou em contato com a Secretaria Especial de Comunicação (Secom) do governo para saber se o presidente fará teste de covid-19 e cancelará seus compromissos para ficar em isolamento, como recomendam especialistas em caso de sintomas gripais.
Também procurou o médico pessoal de Bolsonaro, Antônio Macedo, para apurar detalhes sobre o estado de saúde; e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para se posicionar sobre o chefe do Executivo conversar sem máscara com apoiadores mesmo com sintomas gripais. Ninguém retornou aos contatos até o momento.
Segundo fontes, os EUA serão representados na reunião pelo encarregado de negócios, Douglas Koneff. A União Europeia, pela encarregada do mesmo setor, Ana Beatriz Martins, já que o embaixador da UE no Brasil, Ygnácio Ibañez, está em férias na Europa. A embaixadora da França, Brigitte Collet, também participará da reunião com Bolsonaro.