O governo federal anunciou nesta quarta-feira que adiou o lançamento do edital do Bolsa Atleta para janeiro de 2021. Sem publicar edital do benefício neste ano, a Secretaria Especial de Esportes decidiu unificar os resultados esportivos de 2019 e 2020 como critérios para os atletas olímpicos e paralímpicos pleitearem o benefício.
O objetivo é não prejudicar atletas que tiveram poucas ou mesmo nenhuma competição a disputar neste ano, por conta da pandemia do novo coronavírus. Assim, os esportistas devem utilizar seus resultados mais recentes para tentar obter o benefício, desde a categoria dos estudantes até o Bolsa Pódio.
"A pandemia interrompeu o calendário de treinamentos e de competições esportivas no Brasil e no mundo ao longo deste ano. Os atletas que foram obrigados a reduzir e adaptar treinos, para proteger a própria saúde, não podem ser prejudicados. Por isso, vamos garantir a manutenção do apoio do Bolsa Atleta", disse o secretário Marcelo Magalhães, vinculado ao Ministério da Cidadania.
"A publicação do edital nesse formato também contribui para trazer tranquilidade a atletas e a confederações esportivas num momento tão difícil para o esporte no mundo. É a garantia dada pelo governo federal de que a não realização de competições em 2020 não trará prejuízos às vésperas dos Jogos de Tóquio", declarou Magalhães.
Ainda nesta quarta, a Secretaria Especial de Esportes divulgou uma lista complementar com 109 novos atletas contemplados pelo benefício no edital de outubro do ano passado. No Diário Oficial, a Portaria Nº 455 traz três esportistas da categoria Olímpica/Paralímpica, 18 na categoria Internacional, 68 na Nacional, 14 na Estudantil e seis na Atleta de Base.
De acordo com a Secretaria, as novas inclusões são de atletas que entraram com recurso para obter o benefício ou precisaram atualizar ou complementar a documentação inicial. Com estes acréscimos, o número atual de beneficiados pelo Bolsa Atleta atinge 6.357.