O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta terça-feira, 27, durante o lançamento do Plano Safra 2023/24, que a proximidade do agronegócio com o ex-presidente Jair Bolsonaro não foi impeditivo para a elaboração do plano, porque o governo "não pensa ideologicamente" ao criar políticas públicas ou ao traçar relações com outros países. O presidente prometeu lançar, a cada ano, um Plano Safra melhor que o do ano anterior.
Em outro aceno ao agro, Lula afirmou que o ministro da Agricultura foi uma boa surpresa do governo, que não é um "clube de amigos" diante da diversidade de partidos e de ideias presentes na equipe. "Tem uma coisa que unifica o governo, é provar que o País pode ser do tamanho que quisermos", destacou.
Lula ainda declarou que o governo vai criar uma linha de financiamento para quem quiser plantar árvores para fabricação de móveis, de forma a reduzir o desmatamento, e voltou a defender que o Brasil precisa se tornar autossuficiente em fertilizantes nitrogenados.
<b>Venezuela</b>
Apesar das críticas de sua proximidade com Nicolás Maduro, Lula disse que os problemas da Venezuela são da Venezuela e que o antigo superávit do Brasil com o país vizinho precisa ser retomado. "Não quero me meter na guerra da Ucrânia, quero acabar com a fome nesse país", disparou Lula, que reiterou estar trabalhando com outros presidentes para "alcançar a paz". "O Brasil não tem aptidão para o autoritarismo, para voltar a ter ditadura", acrescentou.
