Estadão

Governo não trouxe proposta e greve no BC deve ser intensificada, diz sindicato

A greve dos servidores do Banco Central (BC) continuará por tempo indeterminado, afirmou nesta terça-feira, 5, presidente do sindicato da categoria, Fabio Faiad. Segundo ele, o governo não apresentou qualquer proposta oficial para a reestruturação da carreira e para aumentar os salários.

Como consequência, a greve deve ser intensificada e pode interromper parcialmente o funcionamento do Pix e a distribuição de moedas e cédulas para as instituições financeiras.

Faiad se reuniu nesta terça com o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia, Leonardo Sultani.

Os servidores do BC cobram um reajuste de 26,3% e a reestruturação da carreira. Em 17 de março, a categoria começou a fazer paralisações de quatro horas e iniciou a greve por tempo indeterminado na última sexta-feira, 1º de abril. "Como não houve proposta oficial, a nossa resposta vai ser a manutenção e a intensificação da greve", disse Faiad.

Segundo o Sinal, 60% dos servidores do BC estão em greve e 725 dos que têm função comissionada entregaram os cargos. As exonerações, entretanto, ainda não foram publicadas no <i>Diário Oficial da União (DOU)</i>, segundo o sindicato, porque a diretoria do BC tentar "segurar" o movimento.

"O Pix e outras atividades do BC não se encontram dentro do escopo da lei dos serviços essenciais. Portanto, a greve poderá interromper parcialmente o Pix e a distribuição de moedas e cédulas. E poderá interromper, parcial ou totalmente, a divulgação do boletim Focus e de diversas taxas, o monitoramento e a manutenção do Sistema de Pagamentos Brasileiro e da mesa de operações, o atendimento ao público e outras atividades", disse Faiad.

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