O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta sexta-feira, 3, em entrevista à Rádio Gaúcha que o governo precisa garantir “que não haja insegurança sobre o futuro da dívida pública” e de que a Previdência e o governo federal não vão quebrar”. Ele ressaltou que a partir do momento que os agentes passam a confiar que estes fatos não vão ocorrer, a inflação se reduz, os juros caem, empregos voltam a ser criados e o país volta a crescer.
“Não adianta prometermos miragens e gerarmos insegurança, o País entrar em crise e o desemprego voltar”, disse ele, ressaltando que a taxa de desemprego ainda está alta no Brasil, mas já vem caindo e é importante que esta trajetória prossiga.
Perguntado se o governo planeja elevar impostos até o final de 2018, Meirelles ressaltou que existem projetos no Câmara para isonomia de tributos, mas o governo não está “criando novos impostos e nem aumentando alíquotas de forma generalizada.”
O ministro citou alguns exemplos para mostrar como será esta isonomia tributária. Ele citou o caso de fundos de investimento e ressaltou que hoje qualquer pessoa que fizer uma aplicação em um fundo tem uma determinada tributação. Já uma pessoa de maior recurso, que tem direito a fundo especial ou exclusivo, possui uma série de vantagens e paga imposto menor.
“Este fundo exclusivo de maior renda passa a ter a mesma estrutura de tributação de outros fundos”, disse ao falar da proposta do governo. “Estamos fazendo este tipo de ajuste. Estamos fazendo o acerto de algumas desigualdades do sistema.”