O governo está disposto a tirar da Infraero os custos de demissão de funcionários e repassá-los para as empresas que vencerem os próximos leilões de aeroportos. Segundo o presidente da Infraero, Antônio Claret, o número de empregados atual é excessivo. Para enxugar a folha de pagamento, a empresa tem feito planos de demissão voluntária (PDV), que pesam sobre as suas finanças. Daqui para frente, essa responsabilidade ficará a cargo das novas concessionárias.
Pelas contas da Infraero, 1.252 funcionários devem ser demitidos dos quatro aeroportos que vão a leilão no segundo semestre deste ano – Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre e Salvador. Para isso, devem ser gastos R$ 334 milhões. Hoje, a Infraero mantém um PDV ao qual devem aderir 1,4 mil empregados e custar R$ 450 milhões à estatal. Além desse, a empresa gastou R$ 326 milhões no último PDV, ao qual aderiram 1.564 pessoas.
Essa é uma das medidas que vão ser adotadas para que a Infraero inicie o ano de 2017 com resultado operacional positivo, segundo Claret. A empresa ainda pretende reajustar os contratos de locação de espaço nos aeroportos, a seu ver, incompatíveis com os valores de mercado. “Não é segredo para ninguém que assumimos a Infraero numa situação bastante ruim”, afirmou Claret. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.