O governo dos Estados Unidos tem até amanhã (8) para decidir se mantém a autorização para que aproximadamente 200 mil salvadorenhos permaneçam legalmente no país. Em 2001, os EUA permitiram que salvadorenhos residentes continuassem no país após uma série de terremotos que destruiu diversas áreas de El Salvador.
O “Status de Proteção Temporária” foi estendido a cidadãos de outras nações vítimas de desastres naturais, guerras ou doenças. Apenas imigrantes que já viviam nos EUA na época e que não tinham passagem pela polícia eram elegíveis ao programa. A proteção foi estendida ao longo dos anos e estima-se que hoje mais de 192 mil crianças filhas dos salvadorenhos vivam com eles no país.
De acordo com a organização Centro para Progresso Americano, a partida dos 200 mil salvadorenhos significaria a perda de mais de US$ 109 bilhões para a economia norte-americana pelos próximos dez anos. No Estado da Califórnia, que abriga a maior comunidade de salvadorenhos protegidos pelo programa, a economia perderia cerca de US$ 2,4 bilhões por ano, diz a entidade, sem os mais de 39 mil trabalhadores que atuam em hotéis, lanchonetes, setor da construção civil e outros.
Em Los Angeles, organizações de defesa dos estrangeiros têm encorajado a busca de outras vias para obter permissão legal para viver nos EUA. Acredita-se que a autorização não será renovada já que nos últimos meses a administração Trump suspendeu as proteções para estrangeiros de outras nacionalidades, como haitianos e nicaraguenses.
Opositores do programa argumentam que a iniciativa jamais teve o objetivo de oferecer aos estrangeiros residência permanente nos EUA. Entretanto, na avaliação do diretor executivo do grupo El Rescate, Salvador Sanabria, é provável que os imigrantes continuem tentando ganhar a vida nos EUA sem documentos. Fonte: Dow Jones Newswires.