A presidente da Petrobras, Graça Foster, está nesta quarta-feira, 4, na sede da estatal, no Centro do Rio de Janeiro, trabalhando na transição da diretoria. Graça se reuniu na terça-feira, 3, com a presidente Dilma Rousseff, mas, ao fim do dia, o governo negou que tenham decidido pela substituição da diretoria. Nesta manhã, o mercado foi surpreendido com o comunicado da Petrobras da renúncia de Graça e de outros cinco diretores. Não foram informados os nomes dos diretores.
O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou que o diretor João Elek, de Governança, Risco e Conformidade, permanecerá no cargo. Ele foi contratado recentemente e a sua chegada à empresa foi divulgada como mais uma ferramenta utilizada para melhorar a gestão da companhia, diminuindo as possibilidades de corrupção.
Além dele, apenas José Eduardo Dutra, diretor Corporativo e de Serviços, não participou da gestão do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que está sendo investigada pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato.
Os demais ocupavam, na época, cargos de diretoria ou eram subordinados diretamente ao diretores. É o caso de José Carlos Cosenza, do Abastecimento, que era braço direito do ex-diretor e delator na Lava Jato, Paulo Roberto Costa. Oficialmente, a Petrobras não informa se Dutra permanece no cargo. Mas, internamente, funcionários apostam que ele é o outro diretor a ser mantido.
Almir Barbassa, de Finanças, foi o homem de confiança de Gabrielli quando este ainda era diretor Financeiro. Quando Gabrielli assumiu a presidência da petroleira, Barbassa foi promovido a diretor. José Formigli, de Exploração e Produção; José Alcides, de Gás e Energia; e José Antônio Figueiredo, lideravam o segundo escalão de suas áreas na diretoria anterior, investigada pela PF. Por isso, os seus nomes não significaram, de fato, uma real transformação da cúpula da empresa com a substituição de Gabrielli por Graça, em 2012.