No cálculo para uma eventual candidatura à Presidência da República em 2022, o apresentador e empresário Luciano Huck se equilibra entre o calendário de longo prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e outro mais curto envolvendo decisão na esfera profissional. O apresentador da TV Globo tem dividido sua agenda entre a produção do Caldeirão do Huck, principal atração dos sábados da emissora, "lives" na internet para debater o cenário nacional, encontros com líderes políticos e empresariais e artigos para a imprensa.
Diante desta atuação em múltiplas frentes, dirigentes partidários e operadores do mercado publicitário aguardam sinais mais claros sobre as intenções do apresentador. Este sinal pode sair até junho, quando a Globo deve definir sua futura grade de programação. O prazo é o mesmo projetado por políticos que mantêm interlocução com Huck para que o apresentador comece a marcar posição no tabuleiro eleitoral.
Com o anúncio do fim do Domingão do Faustão – em dezembro deste ano, quando vencer o contrato do apresentador Fausto Silva -, a indefinição sobre o futuro dos domingos na grade da Globo é hoje o principal foco de debate entre os profissionais de mídia das agências, que são os responsáveis por definir a distribuição das verbas dos anunciantes. Huck é considerado um sucessor natural de Faustão nas tardes de domingo.
O principal patrocinador do Caldeirão do Huck é a rede Magazine Luiza, da empresária Luiza Trajano, que também vem sendo assediada para entrar na disputa presidencial em 2022. O patrocínio vale até junho deste ano. Se renovar o contrato, valerá até junho de 2022. Isso significa que, caso se filie a um partido em abril, no prazo estabelecido pelo TSE, isso ocorreria em meio à vigência de um dos principais contratos da Globo e ele teria de deixar o programa. Procurada, a Globo disse que o contrato de Huck está em vigor e que não comenta nem detalha os prazos ou negociações.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>