Gravações inéditas mostram suposto envolvimento direto do presidente da República, Jair Bolsonaro, no esquema ilegal de entrega de salários de assessores na época em que ele exerceu seguidos mandatos de deputado federal (entre os anos de 1991 e 2018). As três reportagens publicadas nesta segunda-feira, 5, na coluna da jornalista Juliana Dal Piva, do <i>UOL</i>, indicam que Jair Bolsonaro participava diretamente da "rachadinhas" – nome popular para uma prática que configura o crime de peculato (mau uso de dinheiro público).
A notícia causo reação em políticos da oposição. O líder da Minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSB-RJ), considera a notícia uma "bomba". "Jair faz agora na Presidência da República o que sempre fez como deputado", escreveu o deputado em rede social, numa referência às recentes denúncias contra o presidente na compra da vacina Covaxin. "Os áudios são uma bomba porque mostram que Bolsonaro era o chefe, o 01, do esquema montado p/roubar dinheiro público através de funcionários fantasmas nos gabinetes da família", afirmou. Conforme lamentou Freixo no Twitter, "é um governo de ladrões".