A Grécia e seus credores internacionais chegaram hoje a um acordo sobre medidas de austeridade e reformas econômicas que o país terá de implementar para manter o atual programa de ajuda financeira em vigor, abrindo o caminho para conversas sobre alívio da dívida.
“Saiu a fumaça branca…negociações sobre todos os assuntos foram completadas”, anunciou o ministro de Finanças grego, Euclid Tsakalotos, após longa reunião com uma delegação de credores. “Tenho certeza que agora haverá negociações sobre a dívida porque não há mais desculpa.”
As reformas estipuladas no acordo precisam ser aprovadas pelo Parlamento grego nos próximos dias, antes da próxima reunião do Eurogrupo – formado por ministros de Finanças da zona do euro -, marcada para dia 22.
“A rápida implementação desses compromissos deverá permitir ao Eurogrupo endossar esse acordo em sua próxima reunião”, comentou Pierre Moscovici, comissário econômico da União Europeia.
A Grécia tem cerca de 7 bilhões de euros (US$ 7,6 bilhões) em dívida a saldar em julho.
Pelo acordo, Atenas terá de fazer novos cortes fiscais – depois que o atual programa de ajudar chegar ao fim – por meio de reduções de pensões equivalentes a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 e um montante semelhante em 2020 através de um corte no piso para pagamento de imposto de renda de pessoas físicas.
O governo da Grécia também se comprometeu a fazer uma reforma trabalhista, conduzir privatizações e adotar medidas para tornar sua economia mais competitiva.
Além disso, as partes concordaram em definir ações de incentivo ao crescimento – basicamente, cortes de impostos – que serão implementadas se a Grécia superar suas metas de desempenho.
Segundo comunicado de credores, o acordo de hoje possibilita discussões sobre formas de aliviar a crescente dívida grega.
“Cabe agora a todos os parceiros chegarem a um entendimento sobre a questão da dívida da Grécia nas próximas semanas”, diz Moscovici. Fonte: Dow Jones Newswires.