Quatro pesquisas de opinião realizadas durante o plebiscito deste domingo sugeriram que mais gregos votariam pelo “não” do que pelo “sim” sobre as exigências de credores internacionais a respeito do programa de resgate país.
O resultado do plebiscito pode diferir das pesquisas de opinião, as quais foram realizadas por telefone em nome de emissoras gregas de televisão. Vale ressaltar que não foram realizadas pesquisas de comportamento dos eleitores nos locais de voto. As pesquisas de opinião sugerem que a disputa foi acirrada.
Se as pesquisas de opinião estiverem corretas em apontar para um apoio da maioria ao “não”, isso seria uma vitória para o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que pediu veementemente que os gregos rejeitem os termos dos credores para o resgate.
Mas Tsipras poderá, em breve, ter dificuldade para cumprir sua promessa de garantir um acordo de resgate mais brando na Europa, uma vez que outros governos, liderados pela Alemanha, não estão dispostos a oferecer à Grécia termos mais generosos.
Uma pesquisa de opinião feita para a emissora grega MEGA apontou que o voto “não” teria cerca de 51,5% do apoio da população, à frente de votos “sim”, com 48,5%. A margem de erro estatístico na pesquisa foi de dois pontos percentuais, disse a emissora.
Outra emissora, a Antenna, publicou uma pesquisa de opinião que colocou o voto “não” em 52% e o voto “sim” em 48%. A emissora não deu imediatamente uma margem de erro.
Uma terceira pesquisa, da emissora Alpha, apontou suporte para o “não” em um intervalo de 49,5% a 54,5%, e o “sim” em um intervalo de 45,5% a 50,5%. E uma enquete da emissora Star indicou o “não” em um intervalo de 49% a 54%, e o “sim” em um intervalo de 46% para 51%.
Detalhes estatísticos completos para as quatro pesquisas não estavam imediatamente disponíveis. Na ausência de pesquisas de boca de urna, organizações de mídia gregas contaram com inquéritos telefônicos. O fato de todas as sondagens apontarem na mesma direção aumenta a possibilidade de que os resultados de pesquisa não se devem a erros estatísticos. Fonte: Dow Jones Newswires.