Internacional

Gregos vão às urnas para eleições gerais

Os gregos foram às urnas neste domingo para nova eleição geral, convocada para escolher quem conduzirá o país no processo de obtenção de nova ajuda internacional. O ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras, do partido de esquerda Syriza, que prometeu implementar medidas de austeridade em troca de bilhões de euros em empréstimos de resgate, estava marginalmente à frente do partido rival de centro-direita Nova Democracia nas pesquisas de opinião que antecederam a votação.

O pleito deste domingo ocorre após outra eleição parlamentar em janeiro e um referendo em julho, no qual os gregos votaram esmagadoramente contra novas medidas exigidas pelos credores do seu país.

Contudo, as pesquisas, que mostraram muitos dentre os 9,9 milhões de eleitores gregos indecisos até dois dias antes da votação ou com intenção de abster-se, indicavam também que o vencedor não teria votos suficientes para formar um governo sozinho. O comparecimento nas primeiras horas de domingo, um dia quente de verão, era baixo.

Tsipras, de 41 anos, que desencadeou a eleição ao renunciar passados menos de sete meses do seu mandato de quatro anos, depois de enfrentar uma rebelião dentro do Syriza a respeito de sua mudança de política por aceitar os cortes de gastos e aumentos de impostos exigidos pelo resgate. Tsipras havia vencido as eleições de janeiro com promessas de abolir tais medidas, ligadas aos dois primeiros resgates da Grécia. Hoje, ele instou os gregos a dar ao próximo governo um forte mandato que lhe permita ficar pelo período completo de quatro anos e para “continuar com a mesma determinação, a mesma abnegação para lutar as batalhas para defesa dos direitos do nosso povo, não só na Europa, mas desta vez dentro do país também”. “Estou otimista”, disse Tsipras depois de votar no bairro Kypseli, em Atenas. “Amanhã um novo dia começa.”

A campanha do principal rival de Tsipras, Vangelis Meimarakis, de 61 anos, do partido Nova Democracia, focou o retorno à estabilidade. Ele descreveu Tsipras como um político inexperiente e imprudente que liderou o país em direção a uma potencial catástrofe e introduziu restrições bancárias rigorosas em um esforço para conter uma corrida aos bancos. “Hoje os políticos não falam, os cidadãos falam. Eles falam com o seu voto”, disse Meimarakis, depois de votar em um bairro do norte de Atenas. “E eu acho que eles querem acabar com o cinza, as mentiras, a miséria… E, com o seu voto, eles querem trazer a verdade e autenticidade, para que possamos ter um futuro melhor, um futuro melhor para todos os gregos.”

Segundo as pesquisas, nenhum partido está nem perto dos níveis necessários para obter uma maioria parlamentar geral de 151 assentos na legislatura de 300 membros, mesmo com o bônus de 50 assentos dado ao vencedor, e uma coalizão de três partidos provavelmente será necessária. Isso deve ser possível com a ajuda de dois partidos pró-europeus: o anteriormente poderoso socialista Pasok e o recém-chegado To Potami. Fonte: Associated Press.

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