A Grendene, dona das marcas Melissa e Ipanema, e o designer Philippe Starck inauguraram nesta quinta-feira, 21, em São Paulo a primeira loja da TOG, marca global de móveis criada em sociedade pela fabricante de calçados e o designer francês conhecido pelo traço leve e contemporâneo. A grife chega ao mercado brasileiro com a proposta de oferecer peças de decoração personalizadas a preços acessíveis. Os produtos custam a partir de R$ 265 e utilizam um material parecido com plástico.
A Grendene e Starck já trabalharam juntos no desenvolvimento de produtos para a Melissa. A partir de 2013, começaram a negociar uma parceria para criar a marca de móveis. Os outros acionistas da TOG são o fundo de investimento Santana, do banqueiro André Esteves, e o publicitário Nizan Guanaes. A Grendene é controladora da empresa, com 42,5% do capital total e 52,1% do capital votante.
Uma das principais apostas da empresa é a possibilidade de oferecer ao consumidor um produto personalizado. Será possível, por exemplo, terminar de montar uma cadeira na própria loja. A marca também terá uma plataforma aberta de criação, na qual designers do mundo inteiro poderão montar suas peças da TOG e vender na plataforma, explicou Starck.
O designer lembrou que o design deixou de ser elitista nos últimos anos com a produção em massa de peça de decoração. “Mas isso gerou um mal-estar no consumidor. Porque as pessoas não querem ter uma cadeira igual à de todo mundo. Há uma necessidade de customização com baixo custo”, disse, durante a inauguração da loja.
Atualmente, a marca é vendida por canais online e em lojas multimarcas em países da Europa, Ásia e Américas. Segundo a presidente da TOG, Florence Sentilhes, a empresa quer aproveitar a “flaghship” (loja-conceito) para trabalhar o posicionamento da marca no Brasil e testar a aceitação do produto.
Localizada no bairro Itaim Bibi, a loja paulista terá uma barbearia e um estúdio de tatuagem. O espaço também receberá eventos, como apresentações de música, encontros gastronômicos e cursos de extensão da Faculdade de Belas Artes.
Questionada por que a TOG lança a operação no Brasil em um momento de crise no País, Florence diz que “a visão é de longo prazo”. “As crises vêm e vão. Temos de seguir com os negócios. A marca é global, não foi criada pensando só no Brasil. Mas é claro que temos uma conexão com o País porque o controlador é brasileiro.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.