A sétima rodada do Campeonato Brasileiro já é a mais ingrata para o planejamento de boa parte dos clubes. Além da incerteza sobre a realização dos jogos em função da greve dos caminhoneiros – que afeta o abastecimento nos aeroportos -, algumas equipes não sabem nem mesmo se poderão contar com seus principais jogadores. Isso porque, até o início da tarde desta sexta, a CBF ainda esperava um ofício da Fifa liberando os 12 jogadores excedentes que estão na lista de convocados para a Copa. Sem o documento, eles não poderão entrar em campo.
O problema é que nem mesmo os times sabem quem são os jogadores. As exceções são o Cruzeiro, que teve a revelação de que o zagueiro Dedé estava inscrito ainda na convocação, e o Palmeiras, que na quarta-feira soube horas antes da partida diante do América-MG, pela Copa do Brasil, que não poderia escalar o atacante porque ele também havia sido incluído na relação de suplentes.
A CBF espera receber a resposta da Fifa até o fim da tarde desta sexta-feira. Caso o ofício não chegue, ou tenha uma resposta negativa, a comissão técnica da seleção vai se ver obrigada a revelar quem são os jogadores que compõe a lista de 12 excedentes. O técnico Tite e o coordenador de seleções, Edu Gaspar, não pretendiam tornar a lista pública.
A Fifa veta a participação dos 35 jogadores inscritos para a Copa em partidas de futebol realizadas a partir da última segunda-feira. As exceções são a final da Liga dos Campeões da Europa e os jogos da Copa Libertadores – a Conmebol pediu autorização com antecedência. A CBF perdeu o prazo para solicitar a mesma autorização, mas alega que a data era anterior à divulgação dos convocados.
Em caso de descumprimento, a Fifa não esclarece em seu regulamento qual seria a punição, nem mesmo quem seria sancionado – se o atleta, o clube ou a própria CBF.