Depois de decidirem se manter em greve, em assembleia realizada no final desta tarde de segunda-feira na praça Getúlio Vargas, os professores da rede municipal, parados há uma semana contra o que chamam de "calote" do prefeito Sebastião Almeida (PT), sairam em passeata pelas ruas centrais de Guarulhos. Eles seguem pela avenida Tiradentes, próximo à praça IV Centenário. O trânsito está bem complicado em toda a região. Segundo o Stap, há quatro mil pessoas na manifestação.
Apenas um carro da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito acompanha os manifestantes. Não há agentes da região para controlar o trânsito, que está um caos em toda a região central. Os manifestantes gritam palavras de ordem como ""Almeida não tem arrego, você tira meu dinheiro e eu tiro o seu sossego".
Na assembleia, os professores rejeitaram a proposta da Prefeitura e decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado. Eles alegam que o prefeito Sebastião Almeida não cumpriu a determinação do Tribunal Regional do Trabalho, em março, de efetuar o pagamento de gratificações em junho.
Em reunião realizada pela manhã, a Secretaria Municipal de Administração propôs uma posição sobre o pagamento da gratificação de mérito apenas em setembro e o pagamento da extensão da jornada, dividida em três meses, a serem pagos em outubro, novembro e dezembro. Porém, os pagamentos dependerão da arrecadação da Prefeitura. Também ofereceu a abertura de negociação para a equiparação salarial de PEIs (professores de Educação Infantil) e PEBs (professores de Educação Básica) só no mês que vem.