Cidades

Greve surpresa dos ônibus em SP paralisa transporte nesta terça-feira

Motoristas e cobradores de ônibus da capital paulista — representados pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de São Paulo — iniciaram uma greve na tarde desta terça-feira (9) em protesto contra o atraso no pagamento da primeira parcela do 13º salário e do vale-refeição relativo às férias. 

Segundo o sindicato, havia um acordo prévio com a gestão municipal para que o 13º, mesmo atrasado, fosse pago junto com a segunda parcela no dia 12 de dezembro.


Na manhã desta terça, as empresas do transporte enviaram uma carta solicitando novo adiamento — sem data definida — o que provocou revolta entre os trabalhadores.

Consequências imediatas

  • A paralisação foi iniciada por volta das 16h, com ônibus sendo retirados de circulação em diversas regiões da capital.

  • Terminais e garagens registraram ônibus recolhidos — há relatos de passageiros liberados antes do destino e longas filas em pontos de ônibus.

  • A mobilidade da cidade ficou bastante prejudicada: parte da frota foi suspensa, e em meio a chuva a situação se agravou.

  • A gestão municipal reagiu com rapidez: a Prefeitura de São Paulo registrou um boletim de ocorrência contra as empresas que aderiram à paralisação sem aviso prévio, classificando o ato como ilegal.

Situação atual e desdobramentos

  • A prefeitura afirma que os repasses às empresas de ônibus estão em dia, e que o pagamento do 13º é responsabilidade das concessionárias.

  • Há possibilidade de novas medidas da gestão municipal contra as empresas que participarem da paralisação — inclusive abertura de processo de caducidade de contrato para as que não quitarem o benefício.

  • O sindicato ainda não informou prazo para o fim da greve. Segundo fontes, a paralisação seguirá “passo a passo”, com assembleias previstas para definir próximos passos.

Impacto sobre região de Guarulhos e entorno

Por envolver a região metropolitana de São Paulo e dificuldades de mobilidade em pontos que atendem ao Grande ABC e à zona norte — área de proximidade com Guarulhos — a greve pode afetar passageiros que dependem do transporte intermunicipal para acessar São Paulo. A ausência de ônibus e o caos no trânsito tendem a gerar atrasos e sobrecarga no transporte alternativo, como trens e metrô.