Segundo o livro “Fashion Slaves”, escrito pelos suecos Moa Kärnstrand e Tobias Andersson Akerblom, que acaba de ser lançado, a rede de fast fashion sueca H&M tinha contratos com fábricas de roupas em Myanmar que contratavam crianças a partir dos 14 anos. Os autores alegam que conversaram com garotas de 15 anos que trabalhavam mais de 12 horas diárias em duas fábricas fornecedora da H&M, perto de Yangon, a capital de Myanmar.
Em resposta à acusação, a empresa afirmou em comunicado: “De acordo com as Leis Internacionais de Trabalho, não é um caso de trabalho infantil quando os jovens têm de 14 a 18 anos de idade. A Organização Internacional do Trabalho reconhece a importância de não excluir essa faixa etária do mercado de trabalho em Myanmar. A H&M não tolera trabalho infantil de qualquer forma.”
Repleto de confecções, o país asiático é um dos que mais cresce na indústria da tecelagem e vem chamando atenção de órgãos internacionais por suas condições precárias de trabalho. Em agosto, Myanmar firmou o seu salário-base em 3,600 kyat (cerca de R$ 8,90) por oito horas de trabalho diárias, uma dos mais baixos do mundo.