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Grito dos Excluídos mobiliza 10 mil em São Paulo, segundo organizadores

Movimentos sociais levaram bandeiras de defesa da democracia – contrários aos clamores por impeachment da presidente Dilma Rousseff – além de críticas ao ajuste fiscal, em protestos em São Paulo. Segundo os organizadores, a 21ª edição do Grito dos Excluídos levou 10 mil a duas manifestações. Uma partiu da Avenida Paulista e foi até o Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera, e outra se concentrou na Praça da Sé, no centro da cidade. A Polícia Militar não divulgou uma contagem oficial de manifestantes.

“Neste ano, tem dois pontos principais. Um é a luta por democracia e o segundo é pela não-retirada de direitos sociais, que esse ajuste fiscal não recaia sobre os trabalhadores, sobre as políticas sociais”, disse Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares.

“Nós vivemos um momento importante em que os movimentos sociais vão ter que lutar contra os privilégios, porque as pessoas que têm privilégios dominam o Judiciário, o Congresso, dominam a maioria da máquina pública. Eles estão pressionando o governo para se apropriar dos nossos benefícios”, afirmou Manoel Del Rio, advogado e assessor jurídico da Frente de Luta por Moradia (FLM).

Entre os grupos que participaram da manifestação em São Paulo, havia aqueles que defendem os direitos das mulheres, a igualdade racial, os direitos da juventude e de moradia.

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