Os preços no varejo contribuíram com pressão de alta no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de abril ante março, que desacelerou de 0,64% para 0,57%, conforme a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do indicador da FGV subiu de 0,14% para 0,31% no período, com a principal contribuição do grupo Alimentação, que voltou ao campo positivo (0,18%) após cair 0,08% em março. Dentro do segmento, a FGV destacou a influência do item laticínios, cuja taxa passou de 0,15% para 1,09%.
Outras quatro classes de despesas avançaram em abril ante março. Em Saúde e Cuidados Pessoais (0,36% para 0,85%), o destaque foram medicamentos em geral (0,00% para 1,29%), que subiram devido ao reajuste anual que começou a valer no fim de março. Já tarifa de eletricidade residencial (0,83% para 1,24%) contribuiu para o aumento de Habitação (0,19% para 0,33%). No caso de Educação, Leitura e Recreação (-0,29% para 0,00%), a contribuição maior veio de show musical (0,70% para 2,33%) e, em Comunicação (-0,17% para 0,08%), a influência principal foi de tarifa de telefone móvel (-0,57% para 0,36%).
Em contrapartida, três segmentos tiveram decréscimo nas taxas de variação: Transportes (0,40% para 0,32%), Vestuário (0,53% para 0,49%) e Despesas Diversas (0,12% para -0,02%). Nesses grupos, os destaques foram tarifa de ônibus urbano (1,00% para 0,62%), roupas infantis (1,08% para 0,47%) e alimentos para animais domésticos (0,29% para -1,21%), respectivamente.
Os itens que mais influenciaram o IPC de abril em alta, segundo a FGV, foram, além de energia elétrica, mamão papaia (12,94% para 37,33%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,95%), leite tipo longa vida (1,66% para 4,19%) e refeições em bares e restaurantes (0,26% para 0,37%).
Já entre as maiores contribuições para baixo, a FGV listou passagem aérea (mesmo com a deflação menor, de -9,17% para -8,17%), tomate (1,52% para -5,47%), tangerina (0,25% para -13,04%), tarifa de telefone residencial (-0,26% para -0,95%) e frango em pedaços (apesar do menor ritmo de queda, de -2,60% para -2,43%).
Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou a alta de 0,23% em março para 0,28% em abril, conforme divulgado na última quarta-feira (25). O avanço teve a influência do grupo relativo à mão de obra, que saiu da estabilidade para alta de 0,18%, já o índice de Materiais, Equipamentos e Serviços arrefeceu de 0,50% para 0,40%.