Estadão

Grupo de vândalos deixa rastro de destruição, com cadeiras arrancadas e pichações

O grupo de manifestantes que invadiu as sedes dos três Poderes neste domingo em Brasília, deixou um cenário de destruição no Supremo Tribunal Federal (STF), um dos principais alvos dos ataques de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro nos últimos anos.

O plenário da Corte foi invadido e o local, depredado. Cadeiras dos ministros e o brasão da República, que estava fixado no local, foram arrancados por manifestantes. "Supremo é o povo" foi uma das frases usadas durante a invasão.

Por causa da depredação, o sistema de incêndio da Corte acabou disparando, lançando jatos de água sobre as cadeiras do plenário. O <b>Estadão</b> entrou no plenário completamente destruído.

Depois que os invasores já estavam nas dependências no STF, a Força Nacional começou a enfrentar o grupo para desocupar o prédio do tribunal. Um helicóptero da Polícia Federal passou a sobrevoar a área e, do alto, disparar bombas de gás contra os radicais.

<b>LEGISLATIVO</b>

Primeiro prédio invadido pelos extremistas, o Congresso sofreu depredações. Um dos locais destruídos foi a liderança do PT na Câmara. Um grupo também ocupou o plenário do Senado.

A invasão do prédio do Legislativo começou com o cerco pela multidão que veio em marcha do Quartel General do Exército. Sem encontrar um policiamento suficiente, os radicais entraram pelo Salão Negro do Congresso. De lá, acessaram o plenário do Senado.

Um dos vídeos mostra o momento em que dois homens fazem chacota com o plenário da Casa vazio. "Tá vendo gente, a falta de compromisso com os políticos, mas olha quem eu achei, quem está trabalhando", diz um homem que está filmando. Ele mostra um invasor sentado na cadeira do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). "Boa tarde, Brasil, estamos aqui no expediente de domingo. Vou mandar recado por escrito: supremo é o povo", grita o extremista na cadeira de Pacheco.

Outros locais do Congresso foram depredados. Houve um princípio de incêndio em uma das salas. Pouco depois das 18h, a Polícia Militar agiu para desocupar o prédio.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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