Estadão

Grupo FarmaBrasil: Novo programa industrial foi feito mais com o pé no chão

O presidente do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, avalia que o novo programa de incentivo à política industrial, lançado pelo governo federal nesta segunda-feira, 22, é positivo e visto com bons olhos pelas empresas. "A sensação é de que é uma coisa feita mais com o pé no chão", avaliou. O grupo representa empresas como Aché, Apsen, Eurofarma, Hypera Pharma e Libbs.

O executivo pontuou que, embora o programa, chamado de Nova Indústria Brasil, não tenha trazido grandes surpresas, preferindo apostar no aperfeiçoamento de medidas já em andamento, o programa tem seu mérito e propõe algumas novidades com execução viável.

Arcuri elogiou o envolvimento pessoal do ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente, Geraldo Alckmin, na condução do programa com a iniciativa privada. Para ele, o lançamento de hoje deu sinais de que o Poder Executivo está interessado em ter uma política industrial que funcione, e não em fazer uma coisa pro forma. "Vai dar um salto de qualidade no nosso setor", disse.

A chamada "meta aspiracional" do programa na área da Saúde é ampliar de 42% para 70% a participação nacional na produção de medicamentos, vacinas, insumos, tecnologias em saúde, além de equipamentos e dispositivos médicos. Segundo Arcuri, o setor farmacêutico está pronto para as mudanças propostas, mas ainda aguarda um plano de ação mais detalhado por parte do governo.

Ainda na área da Saúde, o programa federal de fomento à indústria tem quatro áreas prioritárias: fármacos, medicamentos e terapias avançadas; vacinas, soros e hemoderivados; dispositivos médicos; tecnologias da informação e conectividade.

Com a iniciativa, o governo pretende reduzir a dependência externa de insumos na área, que atualmente é de 90%, criar um maior alinhamento entre a política industrial do País e a de comércio exterior, além de reduzir o custo do crédito, com foco tanto na área de insumos como em equipamentos.

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