Dorival Júnior e Vagner Mancini estão sem clube depois de serem liberados por Palmeiras e Botafogo, respectivamente. Os dois, entretanto, têm papel importante no esporte. Nesta segunda-feira, eles se reuniram em Brasília, com o grupo chamado grupo de trabalho interministerial, criado para discutir o projeto da Lei de Responsabilidade Fiscal dos clubes de futebol.
Dorival é vice-presidente da Federação Brasileira de Técnicos e levou, com Mancini, a demanda do segmento para uma reunião que contou a presença do ministro do Esporte George Hilton (PRB) e representantes da Casa Civil, e dos ministérios da Fazenda, Justiça e Previdência Social. De acordo com a assessoria de imprensa do Esporte, o grupo ouviu sugestões de atletas profissionais e executivos do esporte, preparadores físicos, árbitros e técnicos da modalidade.
“Foram discutidos vários rumos para o esporte. Transmitimos a experiência de quem vive do futebol há bastante tempo e esperamos ter ajudado na elaboração de uma boa legislação. Eu acredito que o futebol brasileiro perdeu um pouco o rumo, pois as leis são antigas. O que fica de aprendizado é que temos que mudar para ter alguma coisa em benefício do futebol”, comentou Mancini.
“Já apresentamos uma proposta no Congresso Nacional em que pensamos no todo, pensando no treinador que está no interior do País, que às vezes não tem nem sequer um contrato de trabalho. Estamos pensando na regulamentação da nossa classe, que os profissionais possam ser incluídos no processo”, explicou Dorival.
Também esteve presente à reunião o presidente do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo e presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapef), Rinaldo José Martorelli.
“Temos uma preocupação muito grande em fazer com que o trabalhador tenha seu direito respeitado. Isso pode ser feito neste momento, com os clubes aceitando o refinanciamento com contrapartidas. Nós sabemos que o meio mais eficaz de inibir a inadimplência salarial é tirar pontos dos clubes durante o campeonato. Só que isso é uma norma desportiva e não, legal. Por isso temos que ter uma concordância ampla e total em todos os campeonatos promovidos pela CBF, para valer em todo o território nacional.”