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Grupo protesta em frente à Câmara contra projetos de desestatização de Doria

Com o slogan “São Paulo não está à venda”, manifestantes ligados a partidos de esquerda como PT, PCdoB e PSOL, fazem na tarde desta terça-feira, 1º, um protesto em frente à Câmara Municipal de São Paulo contra os projetos da gestão do prefeito João Doria (PSDB) de concessão e privatização.

O ato começou por volta das 15h com um caminhão de som e manifestantes bloqueando as três faixas do Viaduto Jacareí, no centro da capital, no sentido Praça da Sé. Ao longo do protesto, dezenas de motoboys se juntaram ao protesto coordenado no momento pelo presidente municipal do PT, Paulo Fiorilo.

Doria já enviou quatro projetos de concessões à Câmara, sendo que dois deles (estádio do Pacaembu e pacote de concessões) foram aprovados em primeira votação e devem ser votados em segunda neste semestre.

Na semana passada, a Câmara realizou a primeira série de audiências públicas sobre o projeto do pacote de concessões que inclui o Bilhete Único, terminais de ônibus, parques, mercados, compartilhamento de bicicletas, serviço de guincho e mobiliário urbano, como banheiros públicos.

Um grupo de 15 manifestantes foi recebido pelo presidente do Legislativo, Milton Leite (DEM), e cobrou três compromissos do vereador: a realização de todas as audiências públicas convocadas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para até o dia 21 de agosto, ao menos mais duas audiências para debater o projeto substitutivo que a gestão Doria está produzindo alterando alguns pontos da proposta inicial, e a leitura do projeto da vereadora Patricia Bezerra (PSDB) que pede a realização de plebiscito para consultar a população sobre apoio ou veto aos projetos de privatização.

Milton Leite garantiu aos manifestantes que as audiências da CCJ serão feitas e pelo menos uma reunião pública após a apresentação do substitutivo da gestão Doria. Sobre o projeto do plebiscito, que precisa ser lido no plenário para começar a tramitar na Câmara, Leite disse que depende do “dinamismo da Casa”. A proposta desagrada Doria porque atrasaria a aprovação do plano de desestatização, bandeira da campanha do prefeito na eleição. “Não vou assumir compromisso daquilo que não posso prometer”, disse.

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