O líder oposicionista e chefe da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, abriu nesta terça-feira uma nova frente contra o presidente Nicolás Maduro, ao conseguir o respaldo de algumas das principais centrais sindicais de funcionários públicos. “A pressão está apenas começando”, afirmou Guaidó ao anunciar, após uma reunião de mais de duas horas com dirigentes de cinco centrais que agrupam mais de 600 sindicatos, que os funcionários públicos se somarão às ações de pressão contra o governo, ao realizar paralisações escalonadas que serão discutidas nos próximos dias.
Embora dentro do setor público exista grande descontentamento pela complexa situação econômica e social enfrentada pela Venezuela, até agora os funcionários não haviam se pronunciado sobre a crise política.
Guaidó se declarou presidente interino e conta com o respaldo de cerca de 50 países. Ele pediu apoio dos funcionários públicos para o movimento opositor e assegurou que a Assembleia Nacional promoverá uma lei de garantias para protegê-los de qualquer ação do governo.
Neste sábado, a oposição convocou protestos contra o governo. Maduro, por sua vez, convocou uma “marcha anti-imperialista” no mesmo dia, para mostrar que também possui apoio popular. Fonte: Associated Press.