O líder da oposição na Venezuela e autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, pediu neste sábado que mais membros das Forças Armadas do país abandonem o governo de Nicolás Maduro. Mais cedo, um general da Aviação venezuelana anunciou retirada de apoio a Maduro e reconheceu Guaidó como presidente.
Dirigindo-se a milhares de apoiadores, Guaidó reforçou que continuará com seus movimentos oposicionistas nas ruas até que Maduro pare de “usurpar” a presidência do país e concorde em organizar uma nova eleição presidencial supervisionada por observadores internacionais.
“Nós não queremos apenas que vocês militares parem de atirar nos manifestantes. Queremos que vocês façam parte da reconstrução da Venezuela”, disse Guaidó.
Ele disse que, nos próximos dias, a oposição irá tentar levar ajuda humanitária ao país por terra e mar ao longo de três pontos fronteiriços, incluindo a cidade colombiana de Cúcuta. Guaidó descreveu a medida como um “teste” para as Forças Armadas da Venezuela, que terão de escolher se permitem a entrada da ajuda ou se eles vão obedecer ordens de Maduro.
Um outro movimento ocorrido hoje, mas em prol de Maduro, comemorava o aniversário de 20 anos da chegada de Hugo Chávez ao poder, e foi nele em que Maduro anunciou a intenção de antecipar para este ano as eleições parlamentares previstas para 2020. A ideia de Maduro é que isso seja uma “saída constitucional” para solucionar a crise política do país, que desde 23 de janeiro conta com dois presidentes. Fonte: Associated Press.