Estrelas do mundo esportivo se renderam ao talento de Rafael Nadal após o 14° título do jogador em Roland Garros. Acostumado a conquistas, o compatriota Pep Guardiola não teve dúvidas em declarar, nesta segunda-feira, que o tenista é o maior atleta da história da Espanha.
Convidado para prévia de um torneio de golfe com grandes jogadores em Mallorca, Guardiola falou sobre diversos assuntos, avaliou o futuro do Barcelona, comentou sobre a possível ida de Lewandowski para a Espanha e não podia deixar de endeusar Nadal, que erguer seu 22° título de Grand Slam jogando com dores no pé.
"Parece impossível o que ele faz. E, segundo, ele em condições de muitas dificuldades físicas devido aos problemas que teve. Não há mais adjetivos para qualificar a carreira e os sucessos de Rafa. Parecia que depois de ganhar a nona ou décima estava tudo acabado", lembrou Guardiola. "Ele está ficando mais velho. Mas não para. E tenho a impressão de que, se o corpo dele aguentar os problemas nos pés, ele continuará vencendo", avaliou o treinador, impressionado com a garra e força de vontade do tenista.
Guardiola já tinha no ponta da língua a resposta para a tão aguardada pergunta: É o melhor atleta espanhol da história? "Sem dúvida. E eu diria: sem discussão. É difícil comparar esportes individuais com esportes coletivos. A Espanha teve atletas muito bons, mas a consistência e longevidade de Rafa não foram vistas por ninguém", enfatizou o treinador. O Rei de Espanha, Filipe VI, já havia elogiado bastante a conquista de Nadal no domingo, ao fazer 3 a 0 na decisão contra o norueguês Cásper Ruud.
Além dos elogios para Nadal, o técnico do Manchester City ainda falou sobre o Barcelona, seu ex-clube, que não passa por situação fácil após mudanças de jogadores e queda de rendimento drástica.
"É difícil, mas quando você não pode fazer grandes coisas tem que ter calma. Há momentos na história em que você tem que aceitar que a situação é o que é. Às vezes, ter um perfil mais baixo ajuda você a crescer mais rápido. A situação econômica é o que é. Não estou falando da qualidade dos treinadores, dirigentes ou jogadores. A percepção que eu tenho lá é boa, mas às vezes é preciso ter calma", falou. "Suponho que levará um ano ou dois e não será fácil sem poder fazer grandes contratações. Agora, temos que aceitar que somos quem somos. E com isso tentar ganhar o próximo jogo e o próximo. Mas para isso você tem que aceitar a situação. Não é o desejado e vai custar, mas os sucessos vão acabar chegando", previu.
Ainda comentou sobre a chance de Lewandowski parar no clube catalão. "Eu realmente não faço ideia (se vai acontecer a negociação). Se encaixará bem? Estamos falando de Lewandowski. Caberia perfeitamente em qualquer lugar. Mas não sei se o Barça pode contratá-lo por causa de sua situação financeira ou se o Bayern o deixará sair."