Neste sábado (18) a guarulhense Amanda Almeida Ramos, de 17 anos, moradora do Jardim Vila Galvão, embarca com mais 40 alunos brasileiros para realizar o sonho de cursar medicina na Universidade Médica Estatal de Kursk, na Rússia. A instituição é uma das mais reconhecidas na Europa e atrai estudantes de todo o mundo. Cerca de 80% dos alunos passam de primeira no Revalida, prova que atesta a aptidão dos profissionais para exercício da profissão no retorno ao Brasil.
Amanda Almeida Ramos, de 17 anos, faz parte desse grupo. A jovem, que ingressa em seu primeiro curso universitário, está certa de sua escolha. “Há três anos comecei a me interessar por biologia. Minha irmã estava cursando medicina na Rússia e sempre me contava sobre a experiência. Fui me apaixonado cada vez mais pelo corpo humano e resolvi fazer o curso”, conta.
Por já ter alguém da família em Kursk, cursando a mesma universidade, a jovem nem cogitou outro país e suas expectativas são as melhores. “Por enquanto só tenho um pouco de insegurança, mas espero que o período lá me faça crescer e amadurecer. Quero me adaptar logo”.
Para Amanda, o idioma não será uma barreira. O curso é ministrado em inglês durante os seis anos e ela terá tempo de sobra para aprender o russo. Embora ainda não saiba falar muita coisa, terá aulas durante a graduação. “Pretendo estudar muito. Sei que vou estar sozinha e será um pouco difícil, mas quero focar totalmente no curso”, conta.
Baixo custo
Cursar medicina na Rússia é um ótimo investimento. Isso porque o governo local subsidia os alunos estrangeiros que vão para o país estudar, o que diminui consideravelmente os custos. O semestre sai por aproximadamente US$ 3100, incluindo hospedagem e seguro médico. Valor muito inferior ao cobrado no Brasil.
Ao voltar para o país, o estudante submete o diploma ao processo de reconhecimento em uma universidade brasileira, procedimento padrão para qualquer estudante que faça graduação em centros de ensino estrangeiros.
A Aliança Russa é representante oficial das principais universidades russas no Brasil desde 2005. Seu trabalho consiste na seleção dos candidatos, no processo de orientação da faculdade, no recolhimento da documentação necessária para permanência legal do estudante na Rússia, na obtenção da vaga, inscrição na universidade e na assessoria durante a viagem.
Em 2016, 80% dos formandos passaram de primeira no Revalida, principal sistema de revalidação para os cursos de medicina. Desde 2010, o chamado Diploma Único de Estudos Superiores da Europa, do qual a Rússia faz parte, passou a valer conforme o Tratado de Bolonha. Seu objetivo é facilitar a mobilidade dos estudantes e profissionais do ensino superior da Europa.