Cidades

Guarulhenses ainda não conseguem abastecer veículos nos postos da cidade

Tanqueiros querem que Prefeitura de São Paulo reveja restrições ao trânsito de caminhões

Mesmo com o fim da greve dos caminhões que abastecem os postos de gasolina, Guarulhos ainda permanece sem combustível. O HOJE constatou que, mesmo após decisão judicial que determinava a normalização do serviço, os motoristas não encontravam gasolina e etanol nas bombas.

"Agora a situação está pior do que no começo da paralisação. Já são, aproximadamente, 95% dos postos sem combustível, porque os caminhões ainda não conseguem abastecer e os poucos que conseguiram foram em Paulínia e São José dos Campos", afirmou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo – Regional Guarulhos, Régis Rutkowski.

Na noite da última terça-feira, a Justiça de São Paulo concedeu uma liminar que determinava que o sindicato de caminhoneiros autônomos retomasse a distribuição de combustível. A multa diária pelo descumprimento da decisão é de R$ 1 milhão, a ser paga pelo Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de São Paulo (Sindicam).

Além disso, a Justiça concedeu outra liminar ao Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) garantindo o direito de livre trânsito dos caminhões-tanque – se necessário com a devida escolta policial. A multa diária neste caso pode ser de R$ 5 mil.

A medida foi um protesto dos caminhoneiros contra a restrição de caminhões na marginal Tietê em alguns horários, o que provocou o desabastecimento de quase todos os postos da cidade.

Procon fecha estabelecimento em Cumbica por cobrança abusiva

Na tarde desta quarta-feira, o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) autuou o posto Petrosul, localizado na avenida Santos Dumont, em Cumbica, por cobrança abusiva no preço dos combustíveis após o desabastecimento na cidade. Até a última segunda-feira o valor da gasolina comum era de R$ 2,49 passando para R$ 3,49. Já a gasolina aditivada chegou a custar R$ 3,99.

"Eles se aproveitam que o consumidor precisa do combustível para efetuar a remarcação dos preços e obter ganhos ilícitos. Essa situação é uma prática abusiva que determina crime contra o consumidor", enfatizou o diretor do órgão, Jorge Wilson

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