Imagens de pessoas doentes à procura de atendimento aglomeradas em frente às fachadas de unidades de Guarulhos viralizaram nesta semana. A alta demanda diante do surto de influenza H3N2 atingiu, até mesmo, os hospitais particulares da cidade.
Após a circulação nas redes sociais de uma imagem de pacientes deitados em um gramado aguardando atendimento no UPA São João, registrado nesta terça-feira, 21, um novo flagrante da manhã desta quarta-feira, 22/12, mostra usuários da Unimed enfileirados do lado de fora do Hospital, localizado no Macedo, aguardando a triagem na recepção. “Devido à alta demanda, nossas unidades também apresentam um tempo de espera maior do que o habitual. No entanto, seguimos dedicados a prestar atendimento aos nossos pacientes, adotando triagem que classifica a situação e queixa de cada um de acordo com um termômetro de urgência”, informa, ao GuarulhosWeb, a Unimed.
“A Unimed Guarulhos tem acompanhado e estudado a evolução de casos em suas unidades hospitalares, bem como em todo o país, para ajustar a operação de seus atendimentos e minimizar o tempo de espera na fila por procura de atendimento médico. Também é importante esclarecer que a fila de espera não tem gerado impacto na ocupação de leitos. Ocorre que, a procura por atendimento em nossas unidades, em sua maioria, não são casos graves, não gerando volume de novas internações. O volume de demanda maior num primeiro momento do surgimento de sintomas resulta em um tempo de espera superior ao habitual em nossas recepções”, reforça a nota.
A operadora emitiu um comunicado aos clientes com orientações a respeito do surto. No material, é ressaltada a importância de procurar o médico “na persistência ou aumento da febre por mais de três dias ou retorno após 48 horas de período febril, assim como confusão mental, sonolência, letargia ou falta de ar”. Antes, porém, A Unimed Guarulhos também orienta que seus pacientes com queixas leves procurem, em primeiro lugar, seu Pronto Atendimento Virtual, exclusivo aos seus beneficiários, e seja atendido sem precisar sair de casa – o que evita que se exponham ao ambiente hospitalar e ampliação da contaminação pelos vírus em circulação. Por fim, diz que “assim como nos picos de contaminação com a Covid-19, ir ao ambiente hospitalar que, por si mesmo é muitas vezes contaminado, corrobora para a circulação do vírus e a contaminação de outras pessoas”.
O Hospital Carlos Chagas, no Centro, admitiu à reportagem um crescimento de 151% nas consultas no pronto-socorro gripário do começo de dezembro até esta data. “Diante desse cenário, para os pacientes que possuem acesso à telessaúde/telemedicina, a unidade tem reforçado que o atendimento virtual é uma opção prática e segura, pois evita o contágio de doenças, informa a unidade.
“O hospital já ampliou o número dos médicos e direcionou os profissionais de outros setores para o auxiliar a unidade de pronto-socorro, acrescenta a comunicação do Carlos Chagas, que também oferece como opção aos beneficiários do plano de saúde Amil é o Hospital Next Pronto-Atendimento, localizado na Avenida Esperança.
Nesta terça-feira, 21, a Secretaria Municipal da Saúde alertou a população sobre o avanço da H3N2. Neste mês de dezembro, até o último domingo, dia 19, a cidade registrou 8.051 casos de síndromes gripais, não necessariamente de mesmo cunho. A administração também salientou a importância de utilizar máscaras em ambientes fechados e manter os hábitos adquiridos ao longo da pandemia de coronavírus, como lavar as mãos com frequência e manter distanciamento social.