Cada cidade da Região Metropolitana registrou uma média de nove vítimas de afogamento por ano, segundo aponta levantamento da Secretaria Estadual da Saúde, que demonstra um total de 360 mortes de afogamento. Guarulhos apresenta um índice acima da média, pois em menos de três meses, desde novembro de 2011, a cidade já registrou o óbito de seis pessoas, que tiveram como causa da morte o afogamento.
O Levantamento da Pasta estadual aponta que, a cada mês 77 pessoas morrem, em média, vítimas de afogamentos em São Paulo. Apenas sete são internadas mensalmente, indicando alto índice de vítimas fatais nessas ocorrências.
Segundo o Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau) da Secretaria, os números são expressivos. As condições naturais com temperaturas altas, especialmente no verão, a larga disposição de água doce nas cidades e a vasta extensão de praias no litoral aumentam potencialmente os riscos de acidentes.
A Pasta chama a atenção para os afogamentos específicos de crianças, que são comuns, especialmente em churrascos à beira de piscina. Os pais costumam relaxar acreditando que todos ao redor estão observando as crianças e não se atentam ao fato de que as festas trazem naturalmente muita distração. Já para os adultos, o maior perigo está na combinação de excesso de confiança e consumo de bebidas alcoólicas.
Tão importante quanto saber evitar o afogamento, é saber como prestar socorro. O ideal é que pessoas sem treinamento apropriado não tentem fazer salvamentos sozinhas com o próprio corpo, colocando a própria vida em risco. O mais adequado é fornecer para a vítima objetos que flutuem ou que sirvam como uma corda. Até mesmo uma garrafa pet pode ajudar a evitar um afogamento.
É fundamental buscar socorro de salva-vidas ou bombeiros. A remoção da vítima deve ser feito pelos membros (pernas e braços) e jamais pode haver a compressão do abdômen. Fora dágua, a vítima deve ser colocada de lado, ter sua roupa molhada removida e ser aquecida até que haja atendimento profissional.