Cidades

Guarulhos cai duas posições em I­ndice de desenvolvimento municipal

Divulgado nesta terçaa-feira, o I­ndice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2014 mostra que Guarulhos caiu para a 96ª posição no ranking nacional, mas subiu duas posições no estadual.

O estudo anual realizado pela Firjan revela que apenas 6% das cidades do país encontram-se no patamar de alto desenvolvimento. Guarulhos, apesar de baixar de 0,8424 em 2013 (referentes a números de 2010) para 0,8403 em 2014 (referentes a 2011), ainda aparece neste seleto grupo.

 

Em um cenário nacional de desaceleração da geração de empregos e menor crescimento da renda, a 6ª edição do IFDM (Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal) revelou que a Educação e a Saúde foram os grandes destaques para que o Brasil mantivesse em 2011 o nível de desenvolvimento moderado observado na última década. O avanço nas duas vertentes fez com que o país atingisse 0,7320 ponto no índice, um crescimento de 1,8% na comparação com 2010.

Guarulhos melhorou em Educação e Saúde, mas caiu no quesito Emprego e Renda. Passou de 0,8511 para 0,8635 no primeiro quesito e de 0,8632 para 0,8778 no segundo. Já no terceiro, que implicou na queda no IFDM consolidado, caiu de 0,8130 para 0,7796.

Com recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM, divulgado pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), avalia as condições de Educação, Saúde, Emprego e Renda dos 5.565 municípios brasileiros. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.

Criado em 2008, o IFDM tem o objetivo de monitorar o desenvolvimento socioeconômico do país. Os resultados obtidos têm base em informações oficiais dos ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Emprego. Nesta edição foram utilizados os dados de 2011, o que permite a comparação do desenvolvimento dos municípios com o ano de 2010 – último ano da primeira década do século XXI. A metodologia foi aprimorada para captar os novos desafios do desenvolvimento brasileiro. O principal incremento foi situar o Brasil no mundo, com base em padrões de desenvolvimento encontrados em países mais avançados.

Nesta nova edição, o IFDM-Educação atingiu 0,7355 ponto e foi o indicador que mais cresceu em relação a 2010 (3,9%). O crescimento ocorreu em 81% dos municípios e refletiu, principalmente, o aumento das notas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 3.921 cidades (70,4% do total). O resultado fez com que a maioria dos municípios (54,8%) ficasse com desenvolvimento moderado nesta vertente, enquanto 25% atingisse o alto desenvolvimento. Ainda assim, 20% do país apresenta indicadores de educação regulares ou baixos.

O IFDM-Saúde cresceu 2,1% em 2011, atingindo 0,7387 ponto e com melhora no indicador em 65% dos municípios. Os resultados refletem a evolução de todas as variáveis que compõem o IFDM-Saúde, em especial do indicador de internações sensíveis à atenção básica, que teve um incremento de 3,6%. Analisando essa vertente, o número de municípios com alto desenvolvimento subiu de 1.415 para 1.583, com destaque para as regiões Sul e Sudeste. Apesar da melhora, o número de municípios com baixo desenvolvimento no IFDM-Saúde é dez vezes maior do que o observado no IFDM-Educação. Somente as regiões Norte e Nordeste reuniram 260 dos 303 municípios de baixo desenvolvimento nesta área.

Já o IFDM- Emprego e Renda foi o único que recuou em 2011, passando de 0,7261 para 0,7219 ponto (-0,6%). O número de municípios com alto desenvolvimento caiu de 124 para 97, enquanto o de municípios com baixo desenvolvimento aumentou de 1.624 para 1.686. Os dados refletem a desaceleração da economia brasileira naquele ano, quando o saldo de geração de postos de trabalho com carteira assinada foi 23% inferior ao registrado no ano anterior.

No resultado geral, 3.653 (66,7%) cidades iniciaram a nova década em situação melhor do que terminaram a passada, sendo que apenas 332 (6,0% do total) alcançaram o nível de alto desenvolvimento. No ranking nacional do IFDM, houve a predominância total de São Paulo nas 10 primeiras colocações. Neste grupo, praticamente todas as cidades apresentaram alto desenvolvimento nas três áreas analisadas. A primeira cidade colocada no ranking foi Louveira (SP), com 0,9161 ponto, seguida de São José do Rio Preto (SP), com 0,9156. Nas duas últimas posições do ranking nacional estão Santa Rosa do Purus (AC), com 0,2819 ponto, e Atalaia do Norte (AM), com 0,2916 ponto

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