Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Guarulhos já registrou 138 casos de meningite, sendo que mais da metade dos pacientes que passaram por tratamento contraíram a meningite viral (a mais branda das formas), 13 foram afetados pela meningocócica, oito por pneumocócica, um por hemófilo, 11 por bactérias e um por etiologia.
Apesar dos números e de reconhecer que há pacientes guarulhenses com a doença neste momento, não há evidencias de surto de meningite na cidade, já que a maioria dos casos é de meningite viral.
A Vigilância Epidemiológica trabalha durante todo o ano para que tanto a meningite ou outras doenças que possam causar surto tenham um acompanhamento e não se proliferem.
A meningite é uma inflamação das meninges, que são membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A doença pode ocorrer por diversas causas como lesões físicas, neoplasias, uso de alguns medicamentos, mas normalmente ela se manifesta através de infecções bacterianas, virais e por fungos ou parasitas. Os tratamentos são feitos de acordo com a gravidade e a causa da doença em cada paciente.
Os vírus que causam a doença podem ser transmitidos de diversas maneiras com pela saliva ou fezes, as bactérias são transmitidas em geral de pessoa para pessoa, grande maioria pode já ter a imunidade (proteção natural) contras os vírus e bactérias.
Os sintomas são febre, dor de cabeça, rigidez de nuca ou dor no pescoço, náusea e vômitos, manchas vermelhas e roxas pela pele, mudanças de comportamento com confusão, sonolência e dificuldades para acordar.
Para os recém-nascidos e lactantes os sintomas são febre, irritação, cansaço e falta de apetite. Qualquer pessoa que apresente estes sintomas deve procurar imediatamente um pronto atendimento e após se diagnosticado iniciar o tratamento o mais precocemente possível.
Prevenção
A prevenção da meningite é feita através de vacinação, hoje no Calendário Brasileiro de Vacinação, há as vacinas BCG, Pentavalente, contra Penumococo, contra Meningococo e a vacina que previne contra doenças que podem acarretar em meningite viral que são sarampo, caxumba, rubéola (SCR).
Segundo a Secretaria, algumas dicas ajudam na prevenção da doença como o diagnóstico precoce com internação para o tratamento, uso da medicação preventiva por parte das pessoas que tiveram contato com o infectado, hábitos de higiene como lavar as mãos frequentemente com água e sabão, evitar compartilhar alimentos, bebidas, copos e talheres além de manter o calendário de vacinação sempre em dia.
Segundo pesquisas apontadas pela Secretaria, não fumar reduz as chances de adoecer por infecções de transmissão respiratória.
Para as crianças, além de todos estes cuidados, deve-se evitar levá-las a escola com febre e sempre procurar o médico e notificar a escola sobre o motivo da ausência da criança.