O nível de emprego industrial na Diretoria Regional do CIESP em Guarulhos (região composta por quatro municípios) apresentou resultado negativo nomes de junho/2016. A variação ficou em -0,75%, o que significou uma queda de aproximadamente 700 postos de trabalho. No primeiro semestre, o acumulado é de -7,61%, representando uma queda de 7.450 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de -15,08%, representando uma queda de 16.050 postos de trabalho.
Em todo o Estado de São Paulo, a indústria paulista perdeu 57.500 postos de trabalho no primeiro semestre. Ou seja, a Regional Guarulhos representou 12,9% desta queda.
Só no mês de junho, sem ajuste sazonal, a retração foi de 0,73% em relação ao mês de maio, o equivalente a 16.500 postos a menos.
Os números são da pesquisa de Nível de Emprego do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon) e foram divulgados nesta sexta-feira (15/7).
De acordo com o diretor do Depecon, Paulo Francini, a variação neste semestre (-2,50%) foi idêntica à registrada nos primeiros seis meses de 2015. “2016 é a continuidade de uma tragédia, apesar de termos fechado o segundo trimestre um pouco melhor do que no ano passado”, explica.
O diretor informa que a projeção para este ano é a eliminação de 165.000 vagas de trabalho, contra perda de 235.500 vagas no ano passado. “Se somarmos, temos 400 mil empregos a menos, oito estádios de futebol cheios. Existem sinais de que o ritmo de queda vai se atenuar, mas o emprego é a última variável a parar de cair. Torcemos e temos esperança de que isso aconteça”, afirma Francini.
Setores e regiões
Em junho, 20 dos 22 setores pesquisados registraram queda nas vagas de emprego. O setor de Informática foi o único a contratar (2,16%), e o de Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos se manteve estável (0,03%).
Os setores que se destacaram negativamente em relação ao nível de emprego foram Máquinas e Equipamentos (-3.112 postos); Confecção de Artigos do vestuário e Acessórios (-3.092 postos); e Couro e Calçados (-2.348 postos)
Das 36 diretorias regionais, 31 tiveram variação negativa no índice de emprego em junho, 3 ficaram estáveis, e 2 contrataram mais do que demitiram.